17/03/2017 17h03 - Atualizado em 17/03/2017 17h05

Saúde: biossimilares é tema da jornada de capacitações farmacêuticas

A Gerência de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) segue com a jornada de capacitações para farmacêuticos dos serviços públicos de saúde e outros profissionais da área, como enfermeiros e assistentes sociais. Nesta sexta-feira (17), será realizada palestra e discussão sobre medicamentos biossimilares. Quem vai abordar o tema é o médico Denizar Vianna Araújo, professor titular do Departamento de Clínica Médica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Denizar Vianna é também coordenador do Centro de Excelência em Avaliação Econômica e Análise de Decisão da ProVac Network, grupo de estudos econômicos e financeiros da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

A coordenadora do Núcleo de Medicamentos Excepcionais e Básicos da Gerência de Assistência Farmacêutica da Sesa, Fernanda Segal Lopes, explica que os biossimilares estão para os medicamentos biológicos, ou seja, aqueles produzidos a partir de micro-organismos vivos por meio de processos biotecnológicos, assim como os genéricos estão para os medicamentos sintéticos, isto é, criados por meio de combinações de substâncias químicas. A diferença é que os genéricos são idênticos aos medicamentos de marca, enquanto os biossimilares apresentam diferenças com relação à fórmula original.

“O Sistema Único de Saúde (SUS) está começando a trabalhar com biossimilares. Atualmente, a Farmácia Cidadã Estadual libera medicamentos biológicos. A legislação utilizada para registro de biossimilares no Brasil é recente, de 2010. Trata-se, portanto, de um assunto novo, que gera muita dúvida entre os profissionais de saúde. Por exemplo, esses medicamentos não são intercambiáveis, ou seja, se o médico passou determinado medicamento biológico, ele não pode ser substituído por um biossimilar, como acontece com o genérico, sem autorização do profissional que prescreveu”, detalha Fernanda.

Segundo a coordenadora, os medicamentos biológicos têm um alto custo de produção, mas os biossimilares são mais baratos – apesar de ainda representarem um alto custo para o usuário –, assim como os genéricos. Isso porque outros laboratórios podem produzir o remédio depois que o prazo da patente expirar. No entanto, ao contrário dos genéricos, que são reproduzidos com as mesmas características do produto original de um jeito relativamente simples, os biossimilares não conseguem ser idênticos, além de terem que passar por testes mais complexos do que os genéricos para comprovação da qualidade, da segurança e da eficácia.

 

Artrite reumatoide

Outro assunto que será abordado na capacitação desta sexta-feira é o protocolo de artrite reumatoide. Quem vai esclarecer as dúvidas dos profissionais é a médica Valéria Valim, do Hospital Universitário Antonio Cassiano de Moraes (Hucam). Os medicamentos usados no controle da artrite reumatoide são medicamentos biológicos. A Farmácia Cidadã Estadual fornece os medicamentos, mas eles aplicados no Hucam. “São aplicados em um serviço de saúde para garantir a segurança da aplicação e também, quando possível, o compartilhamento de doses”, explica Fernanda Lopes.

 

 

 

Temas das próximas capacitações

 

Março: Biossimilares

Maio: Oncológicos

Junho: TDAH

Julho: Dislipidemia

Agosto: Controle de Estoque

Setembro: Puberdade Precoce e Teste de Leuprorrelina

Outubro: Fórmulas Nutricionais

Novembro: Asma de Difícil Controle

Dezembro: Palestra Motivacional

 

 

 

Serviço:

Palestra sobre biossimilares e protocolo de artrite reumatoide

Data: sexta-feira (17)

Horário: 19h

Local: Cine Teatro da UVV – Rua Juscelino Kubitschek, nº 102, Boa Vista, Vila Velha (entrada pela portaria em frente ao Shopping Vila Velha)

 

 

 

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